No Ponto do ônibus...
...Quem não enxerga bem
Tem duas opções,
Ou pede ajuda,
Ou faz sinal para todos,
Sinalizando negativo
Ao constatar
Não ser o que esperava.
Felinos e Família
O olhar do Lince é certeiro
Lhe rende um bom apetite
Lhe garante a sobrevivência
Conheço muitos felinos
Que, pensando serem linces,
Sofrem constantes indigestões.
Desbota
Cores se apagam
Num turbilhão de imagens
Embaçadas pelo vapor
Do trem bala das novidades.
Equinos à Solta
Para direcionar o cavalo
Usa-se antolhos
Vejo muitos cavalos pelas ruas
Que, mesmo sem eles, não enxergam
Um palmo além dos próprios passos.
Giro Cego
Ouvia gritos pavorosos
Clamando por ajuda
E por mais que procurasse sua origem,
Num giro de 360º,
Não enxergava... minha sombra.
Sentir o Sentido
No exercício da sobrevivência
Desenvolvemos sentidos
Antes adormecidos
nos lençóis macios da conveniência.
Ou não.
Entre
Entre a cruz e a espada,
Entre a luz e a escuridão,
Entre a cegueira e a visão,
Entre o provável e o possível,
Entre o real e a ilusão,
Entre tantos, nenhum.
O que olha e vê tem a obrigação de trazer à tona.
Crédito da imagem: http://labirintosdaalma.blogspot.com.br/ |
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